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Web 3.0: o que muda com a nova fase da internet?

A Web 3.0, uma nova tendência mundial que tem movimentado o universo tecnológico, promete transformar o jeito com que os usuários se relacionam com a internet. Ou seja, estamos falando de uma evolução que vai impactar as relações humanas e a sociedade moderna como um todo.


Especialistas afirmam que estamos vivendo o período de transição entre a Web 2.0, que teve início nos anos 2000, e a Web 3.0, que traz uma internet mais descentralizada e capaz de dar aos usuários o controle sobre seus próprios dados.


Hoje, você vai conhecer todas as fases da internet e como a Web 3.0 pode revolucionar a forma com que nos conectamos ao mundo virtual. Confira!

Entenda a evolução: da Web 1.0 até a Web 3.0


Para definir “as fases” da Web, especialistas realizam um processo parecido com aquele realizado pelos historiadores quando precisam definir determinados períodos históricos. Eles levam em consideração uma série de características de cada época e, então, quando há uma mudança ou uma evolução muito grande entre um modelo e outro, significa que a sociedade passou para o próximo estágio.

Agora, vamos conhecer as principais características de cada um desses períodos para que possamos compreender as novidades da Web 3.0.

Web 1.0

A Web 1.0 teve início na década de 1980 e, dependendo da sua idade, pode ser que você tenha fortes recordações sobre o assunto. Os sites e páginas eram essencialmente estáticos e utilizados apenas por empresas ou veículos jornalísticos para divulgar informações. Nessa época, a internet se comportava de forma semelhante à TV e o rádio, porque tinha um usuário passivo. Inclusive, criar uma página era praticamente impossível para a maioria das pessoas. Tratava-se de uma tarefa difícil, cara e que não estava incluída na realidade da população. Os sites eram formados por textos e hyperlinks, com combinações de cores inusitadas e poucas imagens. Aliás, quando as fotos apareciam, elas eram de baixa resolução.

Web 2.0

A segunda era da internet, por sua vez, teve início por volta dos anos 2000, quando o usuário deixou de ser passivo e, pela primeira vez, “entrou” no mundo virtual. Nessa época, as pessoas começaram a criar conteúdo para publicar na internet e estabeleceram canais de comunicação e redes de contato para possibilitar a interação entre elas.

É possível que você faça parte da geração que foi marcada pelos aplicativos de bate-papo, como o MSN, e a chegada das primeiras redes sociais. No Brasil, o Orkut rapidamente dominou esse cenário, mas em outros lugares do mundo o MySpace e o Facebook já estavam ocupando seus lugares. Como você pode ter percebido, a Web 2.0 ficou marcada pelo seu lado social e interativo. Mas não foi apenas as redes sociais que chegaram com ela.

Graças a essa nova versão da internet, empresas como o Uber e o Airbnb, por exemplo, participaram da descentralização dos serviços. O transporte público, que já esteve apenas nas mãos do Estado, agora é dividido com a população por meio dos aplicativos de locomoção. Web 3.0

De acordo com especialistas, é possível que cada um de nós esteja vivendo o momento de transição entre a Web 2.0 e a Web 3.0. Nessa próxima etapa, as redes sociais continuarão presentes, mas provavelmente com ainda mais importância do que na versão anterior. Elas terão funções mais relevantes que apenas entreter, impulsionar vendas ou consolidar a reputação de marcas. A nova era da web é marcada por três grandes e importantes conceitos. O primeiro deles é a descentralização, que diz respeito à independência de bancos, órgãos governamentais, fronteiras demográficas e até às tecnologias das empresas. O segundo é a privacidade, já que há uma preocupação maior em evitar a exposição de dados pessoais e um incômodo crescente com o rastreamento e as publicidades direcionadas.

Por último, está a virtualização. Estamos falando do fortalecimento dos universos digitais e de experiências realísticas no mundo virtual - como sugerido pelo anúncio do Metaverso pela Meta, inclusive.

As grandes novidades da Web 3.0

A Web 3.0 carrega a promessa de experiências cada vez mais imersivas no mundo virtual, enquanto conceitos de Machine Learning e Internet das Coisas serão ainda mais utilizados para melhorar o dia a dia do usuário. Mas a verdade é que existem inúmeros detalhes por trás de todas essas novidades. Confira!

1. Web Semântica

As máquinas irão interpretar dados de forma cada vez mais natural, interagindo com os computadores e entendendo de forma automática quais são as necessidades do usuário. Além disso, a evolução dos algoritmos promete antecipar demandas e resolver questões antes que elas se tornem um problema.

A experiência on-line também será personalizada para cada usuário e não haverá tanta preocupação com a complexidade dos sistemas operacionais ou o espaço para armazenamento, já que o cloud computing pretende dominar.

2. Blockchain

Ainda que esteja associada às criptomoedas, a tecnologia blockchain - que rastreia o envio e recebimento de alguns tipos de informações pela internet - será extremamente importante na Web 3.0, uma vez que permite o trânsito de dados seguro, anônimo e independente. Já existem estudos em andamento, inclusive, para que ela seja utilizada em transações financeiras, segurança corporativa e governança, tanto para empresas privadas quanto para órgãos governamentais.

3. Ambientes digitalizados

Já citamos o Metaverso por aqui e seria muito difícil falar de Web 3.0 sem abordar os ambientes digitalizados, afinal, o uso da blockchain e a evolução da realidade virtual formam o cenário perfeito para o seu crescimento.

Os óculos de realidade virtual serão o suporte para uma imersão cada vez mais realista, onde você poderá participar de conferências à distância ou visitar um museu sem sair do sofá da sua casa, por exemplo.

Mas é importante lembrar que, mais do que uma questão meramente visual, estamos tratando de um tema que pode causar transformações reais. Haverá a possibilidade de comercialização de ativos digitais, enquanto as relações de trabalho se transformam ainda mais, tudo isso acompanhado da necessidade de legislação que defina as regras desse novo ambiente. 4. Utilização de dados pessoais

Há alguns anos uma mudança significativa vem acontecendo no universo da internet: os usuários estão percebendo a importância de preservar sua privacidade, hábitos de navegação e, principalmente, dados pessoais.

A Web 3.0 promete um cuidado ainda maior com o monitoramento das atividades no mundo virtual. Você poderá visitar e-commerces sem ser bombardeado, logo na sequência, por anúncios daquele item. Suas coleções digitais poderão ficar armazenadas em uma carteira digital, em vez de nas mãos de serviços de armazenamento de empresas diversas.

5. Assistentes virtuais

Sabe as assistentes virtuais que já conhecemos e que seguem comandos de voz? Então, na Web 3.0, é possível que elas sejam elevadas a um novo patamar. Com técnicas de Machine Learning e o uso de redes neurais avançadas, o objetivo é criar uma comunicação cada vez mais fluida entre pessoas reais e as máquinas.

A novidade mais básica é que você provavelmente não terá que dizer um comando padrão antes de solicitar uma tarefa, mas também se espera que as assistentes possam executar ações que fazem parte da sua rotina de forma muito eficiente, como transferir dinheiro de uma conta para outra, marcar consultas e muito mais.

E como fica a cibersegurança na Web 3.0?

Se você se perguntou isso ao longo deste texto, vai ter a sua resposta agora. Com a Web 3.0, veio a necessidade crescente de aliar segurança à autonomia dos usuários. Isso quer dizer que, em relação às transações, espera-se que a segurança aumente com o uso da tecnologia blockchain. Atualmente, nós enviamos informações para as empresas e elas ficam centralizadas em suas bases de dados. Estamos falando de redes sociais, e-commerces, aplicativos de mensagens instantâneas etc.

Mas, nessa nova era da Web, essas informações ficarão armazenadas em uma carteira virtual que é de sua propriedade e, portanto, só poderá ser acessada por terceiros com a sua permissão. Cada usuário será detentor dos seus dados e poderá decidir como, quando e com quem deseja compartilhá-los.


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